Situada no centro-norte do continente sul-americano, a região compreendida pela bacia hidrográfica do rio Amazonas, com cerca de 6,11 milhões km², é a mais extensa do planeta, dos quais 3,87 milhões km² (63% do total) em território brasileiro, compreendendo 25.000 km de rios navegáveis. Sua população, entretanto, corresponde a menos de 10% do total de habitantes do Brasil.
A Amazônia faz parte do território de oito países além do Brasil, são eles: Venezuela, Colômbia, Peru, Bolívia, Equador, Suriname, Guiana e Guiana Francesa.
Só a Amazônia Brasileira é 7 vezes maior que a França e corresponde a 32 países da Europa Ocidental. A ilha de Marajó, que fica na embocadura do rio, é maior que alguns países como a Suíça, a Holanda ou a Bélgica.
Em termos administrativos brasileiros, a região chamada Amazônia Legal é composta dos seguintes estados: Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, Mato Grosso e Maranhão.
Os resultados do Projeto RADAM (Radar da Amazônia) indicaram que 62% do espaço amazônico têm como cobertura a florestal original composta por florestas densas de terra firme ou de várzea (dois terços) e por florestas abertas, transicionais e estacionais (um terço); 20% de sua área são compostas por cerrados - equivalentes à cerca de 50% da totalidade do cerrado brasileiro -, e ecossistemas de transição; e 18% de sua área constituem espaços antropizados (habitados por seres humanos).
UNIDADE DA FEDERAÇÃO - ÁREA TERRITORIAL (KM²)
Rondônia 237.576,17
Acre 152.581,39
Amazonas 1.570.745,68
Roraima 224.298,98
Pará 1.247.689,52
Amapá 142.814,59
Tocantins 277.620,91
Maranhão 331.983,29
Mato Grosso 903.357,91
Total 5.088.668,44
Fronteira amazônica
São cerca de 11,5 mil quilômetros de uma porosa fronteira amazônica. (Fonte: ABIN)
Indígenas
Segundo dados apresentados pela Funai o Amazonas possui cerca de 183.066 indígenas,
divididos em 65 etnias, que correspondem a 4,0% da população total do estado.
São cerca de 11,5 mil quilômetros de uma porosa fronteira amazônica. (Fonte: ABIN)
Indígenas
Segundo dados apresentados pela Funai o Amazonas possui cerca de 183.066 indígenas,
divididos em 65 etnias, que correspondem a 4,0% da população total do estado.
O município amazonense que possui o maior número de indígenas é São Gabriel da Cachoeira,
onde existem 23 mil índios, e é onde encontramos o segundo idioma mais falado no Brasil, o dos Tucanos.
Quilombolas
O projeto Nova Cartografia Social Brasileira mapeou mais de 1000 comunidades quilombolas na Amazônia Legal. São 750 comunidades no Maranhão, mais de 400 no Pará, quase 100 no Tocantins e dezenas no Amapá e no Amazonas, além de Rondônia. As próprias comunidades participam do processo de elaboração dos mapas em toda a Amazônia.
Diversidade biológica
A superfície da Amazônia sul-americana, ou Grande Amazônia, é corresponde a 5% da superfície terrestre e à 40% da América do Sul, e é equivalente à quase metade da superfície da Europa. Abriga uma das últimas extensões contínuas de florestas tropicais úmidas do planeta, detendo cerca de 1/3 do estoque genético planetário. Estima-se que existam na região cerca de 60.000 espécies de plantas (das quais 30.000 de plantas superiores, sendo mais de 2.500 espécies de
árvores), 2,5 milhões de espécies de artrópodes (insetos, aranhas, centopéias, etc.), 2.000 espécies de peixes e 300 de mamíferos.
População
A população da Amazônia Brasileira, segundo a Contagem Populacional pelo IBGE é de 23,55 milhões de habitantes correspondendo a 12,83% do total nacional, com crescimento médio de 1,64% ao ano desde 2000, quando era de 21,0 milhões. Embora a taxa de crescimento apresente-se decrescente, ela se mantém 40% acima do crescimento médio nacional. Entre 1950 e 2007, a população da Amazônia Legal cresceu 516%, ritmo muito acima da média nacional, que foi de 254%.
Indicadores Sociais
Os indicadores sociais na Amazônia Brasileira, em geral, são ruins, situando-se quase sempre abaixo da média nacional. Em relação ao mercado de trabalho, por exemplo, segundo o IBGE, enquanto a média nacional de trabalhadores com carteira de trabalho assinada em 2006 era de 31,73%, a média na Amazônia Legal foi de apenas 18,35%, sendo que todos os estados da Região apresentavam patamares inferiores à média nacional, revelando o amplo predomínio do emprego informal.
IDH estaduais da Amazônia Legal
UFs - IDH
Rondônia 0,735
Acre 0,697
Amazonas 0,713
Roraima 0,746
Pará 0,723
Amapá 0,753
Tocantins 0,710
Maranhão 0,636
Mato Grosso 0,773
FONTE: PNUD, ATLAS DO DESENVOLVIMENTO HUMANO NO BRASIL, 2000.
Saneamento Básico nos Estados da Amazônia Legal
Domicílios Particulares Permanentes Atendidos (%) – 2000
Rede geral de abastecimento de água - Rede coletora de esgoto ou fossa séptica - Coleta de lixo
Brasil 83,2 70,6 86,6
Rondônia 38,6 46,6 69,8
Acre 47,6 44,7 71,5
Amazonas 68,5 61,2 75,8
Pará 48,2 57,0 77,8
Roraima 82,8 72,8 79,7
Amapá 69,4 27,2 91,1
Tocantins 78,4 21,6 70,4
Maranhão 60,1 53 60,7
Mato Grosso 65,5 34,2 75,6
Fonte: CENSO DEMOGRAFICO, IBGE, 2000.
Terras
De acordo com os dados do Censo Agropecuário de 1996 do IBGE, 24% do território amazônico eram reclamados como propriedade privada - ressalte-se que nos Censos Agropecuários nesta categoria incluíam-se imóveis não regularizados, inclusive os localizados em áreas protegidas -, e 76% eram terras públicas. Deste total, 29% eram áreas legalmente protegidas, incluindo as unidades de conservação e terras indígenas e 47% se enquadram em outras modalidades de terras públicas e terras devolutas, pela posse das quais se engendra um quadro crônico de conflitos e violência.
Transportes
O sistema de transportes na Amazônia Legal brasileira, não obstante a grande expansão ocorrida nas últimas décadas, ainda se apresenta aquém do atendimento das demandas locais, com baixo grau de eficiência e operação em condições bastante precárias.
A rede fluvial é a mais extensa do país e uma das maiores do mundo, com cerca de 20.000 km de rios com boas condições de calado, particularmente na estação chuvosa, mas operado, em geral, com equipamento obsoleto.
Quanto à malha rodoviária, esta é bastante reduzida e, em sua maior parte, não pavimentada, concentrando-se essencialmente no Arco do Povoamento Adensado. O total das rodovias federais, estaduais e municipais totalizam 251.760 kms, sendo 27.774 kms pavimentados; 4.792 kms em pavimentação; 61.230 implantados e em implantação e 157.964 kms em leito natural.
Energia
Hidrelétricas -
Em relação à energia hidrelétrica, o potencial é excepcional. Para um potencial hidráulico nacional de cerca de 260 milhões MW, a Amazônia responde por 120 milhões MW, isto é, quase 50% deste potencial. Contudo, a capacidade instalada é de 12,23milhões MW, o que perfaz 10% deste potencial, enquanto no restante do país a capacidade instalada supera os 50% (capacidade instalada de 76,5 milhões MW para um potencial de 140 milhões MW). A produção de energia elétrica na Amazônia somou, em 2004, 51,60 milhões GWh, com destaque para o Pará (31,39 milhões GWh), seguido dos Estados do Amazonas, Mato Grosso e Tocantins, todos com produção entre 4,6 e 5,5 milhões GWh.
A principal fonte de energia elétrica é a Usina Hidrelétrica de Tucuruí, com capacidade instalada de 8.400 MW. Investe-se hoje na implantação de diversas linhas de transmissão e na construção de duas grandes UHE s no rio Madeira (Santo Antônio e Jirau) com potência conjunta de 6.450 MW e em cinco UHEs no médio Tocantins, além de estudos para a implantação de UHE de Belo Monte ((5.500 MW) no rio Xingu.
Importa destacar que cerca de 50% da atual produção de Tucuruí são destinados para dois grandes consumidores do setor minero-metalúrgico, a Albrás/Alunorte no Pará e a Alumar no Maranhão - a preços fortemente subsidiados; cerca de 20% para a Região Nordeste e os 30% restantes da energia produzida são destinadas para consumo residencial, comercial e das demais indústrias no Pará, Tocantins e Maranhão.
Petróleo-
Em relação às reservas provadas de petróleo na Amazônia Legal, em 2005 estas somavam 91,4 milhões de barris, perfazendo 0,8% do total nacional, e a produção atingia 20,6 milhões de barris, equivalente a 3,3% da produção nacional.
Gás-
No que tange ao gás natural, em 2005, as reservas provadas na Amazônia atingiam 51,5 bilhões de metros cúbicos, ou cerca de 16,8% do total nacional, enquanto a produção atingia 3,57 bilhões de metros cúbicos, cerca de 20,2 % da produção brasileira.
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