A Vale busca acesso a energia a baixo custo para viabilizar negócios minerais no Norte do país, como os projetos de expansão de alumínio e de níquel, intensivos em eletricidade. Por essa razão, a empresa faz estudos para participar do projeto da usina de Ituango, na província colombiana de Antioquia, cuja capital é Medelín, informou a assessoria da mineradora, que ressaltou não haver ainda uma negociação fechado na Colômbia.
Uribe ao discursar em ato oficial em Bogotá, do qual participaram Agnelli e outros executivos da Vale, citou Lula e disse que a mineradora brasileira "é uma empresa grande que se chama Vale do Rio Doce" e "quer construir uma capacidade de geração de energia na Colômbia". Ele destacou ainda, que "ela quer instalar uma unidade de alumínio, para gerar empregos muito importantes em número e qualidade, que vale US$ 3,5 bilhões, e querem instalar um porto de apoio".
A Vale não quis comentar nem dar detalhes sobre da fundição de alumínio e nem sobre o porto. Mas, a instalação pela Vale de uma fundição do metal na Colômbia, com energia barata, faz sentido, pois isso viabilizaria o processamento da alumina produzida por ela na Alunorte, no Pará. No ano passado, a Vale anunciou novo investimento em sociedade com a norueguesa Hydro, de 7,4 milhões de toneladas ao ano até 2011.
O item de maior custo para fazer alumínio é a energia e Agnelli tem reclamado da dificuldade de se fazer novas hidrelétricas no Brasil.
Os dois projetos de níquel, de Onça Puma e de Vermelho, no Pará, que usam muita energia, já prevêem unidades de produção do concentrado de níquel junto às minas. Quando Onça Puma entrar em operação, no início de 2009, estará produzindo 58 mil toneladas anuais de níquel contido em ferro-níquel. O investimento em Onça Puma é de US$ 1,395 bilhão. O projeto de níquel de Vermelho está orçado em US$ 1,9 bilhão, com previsão para 2012.
Fonte: Valor
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